Plano de Investimento para a Europa – o chamado Plano Juncker, visa aumentar o PIB europeu em 1,3% e criar 1,4 milhões de empregos em 2020.

FEIE – Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos já mobilizou a soma adicional de 335 mil milhões de euros desde 2015, tendo financiado a criação de mais de 750 mil empregos, um número que deverá aumentar para 1,4 milhões em 2020.

Em consequência, o PIB da União Europeia (UE) aumentou 0,6% e espera-se que aumente 1,3% em 2020, segundo a Comissão Europeia (CE).

De acordo com CE, o programa europeu facilitou o acesso ao crédito a 700 mil pequenas e médias empresas europeias. Para poder beneficiar do dispositivo, as empresas devem contribuir para os objetivos da União Europeia, nomeadamente para um Crescimento Sustentável.

 

O FUTURO DO ‘PLANO JUNCKER’

O atual programa de investimento dura até 2020. Em 2021, arranca a nova fase do plano que visa “lutar contra a falta de confiança e de investimentos que resultou da crise económica e financeira e utilizar a liquidez nas mãos de instituições financeiras, empresas e indivíduos num momento em que os recursos públicos são escassos”, como explica a nota disponibilizada no sítio da Comissão Europeia.

O novo programa intitulado InvestEU começa em 2021 e dura até 2027. A Comissão Europeia espera obter 650 mil milhões de euros em investimento adicional.

InvestEU vai reunir num só dispositivo os vários instrumentos financeiros da União Europeia com o objetivo de simplificar os procedimentos, torná-los mais flexíveis e eficientes.

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FUNDO FAVORECE SUSTENTABILIDADE E ECONOMIA CIRCULAR

euronews falou com o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, sobre os objetivos do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) e sobre a próxima fase do “Plano Junker”.

Leia a ENTREVISTA abaixo:

euronews: “O plano de investimento foi lançado em 2014 logo depois da crise. Pensa que ajudou a economia a recuperar?

Jyrki Katainen: “Os maiores beneficiários quando olha para o investimento em função do PIB do país, foram a Grécia, a Estónia, a Bulgária, Portugal, Espanha, Lituânia e Itália. Basicamente, foram os países do sul da europa mais efetados pela crise e os países do centro e do leste da europa onde também houve dificuldades de acesso ao financiamento”

euronews: “Quais são os setores e as indústrias em que o plano Juncker teve mais sucesso?”

Jyrki Katainen: “Eficiência energética, saúde, digitalização, sobretudo na banda larga e energias renováveis. São as áreas em que o fundo europeu deu uma maior ajuda”.

euronews: “Tem uma história ou um exemplo favorito?”

Jyrki Katainen: “Há vários exemplos, mas há um que eu gostaria de citar porque é próximo de todas as pessoas. Tem a ver com uma padaria estónia que obteve financiamento através do fundo europeu e investiu em nove padarias na Estónia. Cito este exemplo porque todos podem constatá-lo e eles dizem que sem o fundo europeu, não teriam podido fazê-lo”.

euronews: “O plano de investimento vai ter uma nova fase e vai chamar-se InvestEU. Como é que esse plano poderá acelerar o crescimento? As últimas estimativas indicam que o crescimento vai diminuir.

Jyrki Katainen: “O plano é similar ao anterior. A diferença é que os bancos nacionais podem candidatar-se diretamente às garantias do orçamento da UE. É claro que o Banco Europeu de Investimento é um parceiro estratégico, mas, os bancos nacionais podem beneficiar diretamente com o InvestEU. O que não significa que os projetos sejam selecionados politicamente, mas, queremos centrar-nos em investimentos que possam concretizar certos objetivos políticos, como o combate às mudanças climáticas e a economia circular. Queremos também duplicar os meios dos investimentos sociais e vamos aumentar de forma significativa o financiamento das PME e da inovação”.

Fonte: euronews