No final deste ano, devem estar aprovados investimentos de mil milhões de euros no Programa INTERFACE, que em 2017 totalizou 586 milhões de euros, conforme anunciado pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, na sessão de comemoração do 1.º aniversário do Programa.

Os projetos que estão em curso apontam para que possamos, até ao final do ano, ter projetos aprovados que já se aproximem dos mil milhões. A execução está a acelerar, muitos projetos que foram aprovados ao longo de 2017 estão agora a ganhar ritmo“, referiu o governante.

Na sessão de comemoração do 1.º aniversário do INTERFACE que promove a colaboração entre instituições de ensino superior e empresas, o ministro apresentou três desafios em termos de áreas de competência para o Interface: eficiência energética, economia circular e digitalização da indústria.

Na sua apresentação, que decorreu no Taguspark, em Oeiras, o governante informou sobre o lançamento de um financiamento base de 80 milhões de euros, para os próximos seis anos, tendo precisado que no primeiro trimestre será lançada uma linha de 70 milhões de euros para reforço do equipamento de infraestruturas tecnológicas.

No segundo trimestre, em complementaridade, serão lançados Vales Economia e Inovação e uma linha de financiamento para eficiência energética de 60 milhões de euros e uma outra de 40 milhões para Economia Circular.

Um ano após o lançamento do programa, entre incentivos comunitários e investimento das próprias empresas, estão aprovados 586 milhões de euros, numa subida de 18,6% em relação ao período comparável do QREN, o anterior Quadro de Fundos da União Europeia.

Em 2017, os 28 centros Interface colaboraram com 17 mil empresas “em projetos de inovação, de melhoria da qualidade, de certificação dos seus produtos” para entrar em novos mercados ou colaborar com multinacionais e apresentar novos materiais.

Os dados do Ministério da Economia indicam ainda um volume de 128 milhões de euros em serviços prestados às empresas, no âmbito deste projeto, que resultou, por exemplo, numa nova pele artificial para assentos de automóvel que “garante condições de respirabilidade“. Outro projeto colaborativo enumerado foi o desenvolvimento do uso de casca de arroz, cortiça e borracha para isolamentos térmicos e acústicos.

Os centros têm 3.500 associados e mais de 3.800 colaboradores, dos quais cerca de mil são doutorados.

Além dos Fundos Estruturais, foi criado um fundo FITEC – Fundo de Inovação, Transferência de Tecnologia e Economia Circular, para permitir financiamento plurianual das instituições e em 2016 a dotação foi de 44 milhões de euros.

Fonte: Lusa/JN